ÁBSONO, poema para um sambista concentrado
Luis Turiba
sambo espalhafatosamente
para dentro
como quem não quer nada
sambo parado
no espaço do meu corpo
com minhas víceras
meus testículos
meus intestinos
minhas moléculas
minhas cartilagens
minhas células em permanente renovação rumo à morte
meu glóbulos brancos vermelhos desbotados
meus neurônios
minha aura vital
minhas correntes sanguíneas
no trânsito intenso e interno de veias e vácuos
sambo com meus buracos
descalço
nu como nasci
meio preso meio solto
ábsono & absorto
quase com sono
sambo meio grogue
minha apoteose
é iogue
de mãos no bolso
de mãos no bolso
*
Gravado por Luiz Fernando Sarmento
Rio de Janeiro
Brasil
Julho 2014
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