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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

069 Ábsono - Luis Turiba




ÁBSONO, poema para um sambista concentrado Luis Turiba sambo espalhafatosamente para dentro como quem não quer nada sambo parado no espaço do meu corpo com minhas víceras meus testículos meus intestinos minhas moléculas minhas cartilagens minhas células em permanente renovação rumo à morte meu glóbulos brancos vermelhos desbotados meus neurônios minha aura vital minhas correntes sanguíneas no trânsito intenso e interno de veias e vácuos sambo com meus buracos descalço nu como nasci meio preso meio solto ábsono & absorto quase com sono sambo meio grogue minha apoteose é iogue de mãos no bolso de mãos no bolso * Gravado por Luiz Fernando Sarmento Rio de Janeiro Brasil Julho 2014



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