segunda-feira, 1 de abril de 2013

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Em algum momento
Minha vida de cabeça pra baixo

Impotente diante
Cada sofrimento do outro
Sofro como se fosse eu o sofredor

Envolvido, impregnado
Com o que me chega,
Entristeço

Acostumado antes
A focar no meu umbigo
Hoje estranho o que não é eu

A bebida não me atrai
Desinteresse, não virtude

A maconha reforça o que sinto
Prefiro quando alegre

Há o sono
E ao acordar, os movimentos bioenergéticos
Me animam, como me animam
Os banhos frios, os dias ensolarados

E uma criança que brinca
Lembra a criança que fui, inda sou

Em algum momento
Minha vida faz sentido, cabeça pra cima








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