terça-feira, 18 de novembro de 2025

volto no tempo

 volto no tempo

colchão no chão
a rede flerta comigo
consigo
o arroz integral
o feijão amigo
a vida atual, igual
à vida vivida
simples, nem tanto
um certo trabalho
lavar prato
arrumar a cama
próximo ato
o quarto, a casa
tirar poeira, trabalheira
um num pára jamais
lavar panelas, pratos
abrir janelas e mais
molhar as plantas
pagar as contas
um preço da liberdade
a tal responsabilidade
só até o novo amor
encontrar o meu
pura construção
dividir sal e mel
chão e céu
vira tudo
tudo extraordinário
aí o tempo não para
escoa, numa boa
o arrepio, uma vírgula
o prazer, exclamação
não preciso, então
tapar vazios da solidão
simples assim
cuido de você
você cuida de mim
eu sei
uma beleza
isto de amor


Nenhum comentário:

Postar um comentário