Há perguntas que faço a mim
e só eu mesmo posso
responder.
Mesmo que ouça respostas me dadas por outros.
Por exemplo, que faço
da minha vida?
Aprendo, a cada vez que amplio:
a respiração
varia, outro o dia a dia.
Percebo:
a lei surge, o homem
burla, a lei já era.
Não adianta legislação,
se má intenção impera.
Desconfio:
em mim censura o que, em você, não se
aventura.
E, ao mesmo tempo, sei, estou rico.
Sinto afeto
em cada canto que brinco.
Mas, que bom, o que aprendo, fica.
Mesmo que me
esqueça.
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Tudo, ao mesmo tempo, agora.
Ô coisa boa, perder
a hora quando namora.
Por outro lado,
defino o que penso e sinto
a cada escolha
que faço,
em cada botão que ligo,
em cada canal que fico.
Pois é.
Vida breve,
escolhas leves:
se pesadas,
ô vida errada.
E depois?
Pro futuro, planejo o que hoje desejo.
Mas
antes, bem antes,
desde o feto, todo
afeto, um sucesso.
Estive nove
meses em meu quarto,
crescendo sozinho.
Luzes, o parto.
Eu, novo, zerinho.
E
aprendo, sei:
pra quem, desde criança, cria necessidades,
difícil pode ser a
mudança
quanto maior a idade.
É que, quando pequenino,
um
tanto se define o destino.
Também, por isto, tão bão,
sem pressa nem pressão.
E vivam as
carícias.
Se trisca fica.
Se toca, rola.
Se pica, delícia.
A idade?
Estado de
espírito.
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