sábado, 5 de maio de 2018

678 História







Outro dia, li um livro que me tocou. Sapiens – Uma breve História da Humanidade, de Yuval Noah Harari, Editora LPM. Eta livro bom.

Tem me ajudado a compreender o que se passa hoje, mesmo sendo limitada minha compreensão. Impressionante a quantidade, qualidade e variedade de informações.

Entendi, por exemplo, como a História se repete. E compreendi que, antes, como agora, a evolução humana se dá, especialmente, individualmente.

Os grupos humanos primitivos, na mesma época, tanto poderiam estar na Idade da Pedra quanto poderiam ser compostos por indivíduos mais evoluídos. Ou seja, ao mesmo tempo, em lugares diferentes, grupos humanos em diferentes estágios de evolução. Como, talvez, agora, cada um de nós, no seu próprio caminho, de acordo com seu próprio desejo, possibilidade e movimentação.

Eu já intuía que movimentos individuais compõem movimentos coletivos. Se assim, a evolução da Humanidade acontece a partir de cada evolução pessoal. E, se considero evolução como aumento de bem-estar – espiritual, emocional, físico... –, eu, como cada um, a cada cuidado que tenho comigo, consigo, com os demais, contribuo para a evolução da Humanidade.

Antes, sentia, difícil era suportar alegria. Tristeza era fácil, matava no peito todo dia. Isto, talvez, em função da pesada cultura que internalizei na minha infância. Aquela cultura que me proibia um tanto das emoções que sentia. Entre as proibições, o prazer do sexo, a expressão da raiva, o deixa a vida me levar.

Nesta cultura, para qualquer transgressão, castigo. Castigo agora ou depois da morte. E, só de imaginar o castigo, medo. Um sufoco. Assim, o medo me dominou e eu me submeti. O medo semeou a culpa. Boa parte de minha vida, perdida. Desejos contidos, emoções sufocadas, supressão de afetos. Sofri. Inda sofro, quando não me liberto.

Mas, reflito, se a mim me faço bem – e mal não faço a ninguém – que mal que tem?

Aprendo, agora, a acreditar em mim mesmo. Percebo que um tanto sei... e nem sei que sei. Mesmo sabendo que quase nada sei.

A beleza da vida chega mais, cada vez mais. Tudo aprendizado. Descubro o prazer dos profundos pensamentos, dos leves sentimentos, do abraço, do beijo, do toque, da palavra impecável, do encontro em que saio melhor que cheguei. E, quanto mais gosto de mim, mais gosto do mundo.




Luiz Fernando Sarmento
www.luizsarmento.blogspot.com.br















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