domingo, 24 de março de 2024

164 bem antes, anos passados



164


 Redescubro, sintomas avisam. 

Sintomas não são doenças.                                       

Doenças se expressam nos sintomas.


bem antes, anos passados



Tarde de 2016. Dezembro. Um dia comum. Pelo bem do corpo, pelo bem da calma, um passeio pelo parque, pela praia do Flamengo. Só isto, pisar nágua, raios de sol, uma brisa, reconhecer minha natureza, gratificar-me, agradecer…


*

O espírito da coisa, sintoma não é doença. Sintomas são falas, expressões. Sintomas desvendam desejos, vontades, comportamentos, o viver. Quanto a doenças, sintomas são avisos.


O corpo inteligente, se se ressente, reclama, fica doente. Se este mesmo corpo ama, fica contente, acende chama, sente, entende, se acalma, integra corpo-alma.


*

Repito, repito. Pois é, tenho me orientado com um cardiologista experiente, vegano, homeopata. Depois de um mês, meu colesterol foi lá pro normal.


E tenho me sentido bem-disposto, durmo bem, meus intestinos funcionam como nunca dantes.


Não sei o que lhe dizer, além disto. Não sei onde fica meu fígado, sou virgem em conhecimentos relativos a meus órgãos…


Sei que estou gostando desta vida nova. Estou vegano, caminho tipo uma hora quase todo dia e, como me tem dado certo, prossigo neste desvendamento de uma vida saudável…


Ando curioso, também, em relação às pequenas escolhas diárias: além do que como, o que leio, o que assisto e vejo e ouço, o que falo, o que faço…


Percebo que vivo o que sinto. Mas só o que percebo do que sinto. Quando não percebo o que sinto, nem vivo.


E o que sinto, descubro, tem sido, um tantão, provocado pelas escolhas que faço. Assim, sou, um tantão, responsável por mim.


*

E muito por aprender… Estou em casa, penso na caminhada daqui a pouco. Estou na caminhada, penso no almoço daqui a pouco. No almoço, como o feijão, penso na sobremesa, penso no cinema. No cinema, me envolvo, vivo o filme do outro.


Revivo o passado, imagino o futuro. Vão e vêm, pensamentos, ideias, desejos, vazios, fugas da consciência. Lembro o agora. E, quando tento e fico presente, realmente vivo.


*

Só isto. Um lampejo de desejo, dou impulso e vou. Animo, caminho, primeiro pelo parque. Na sequência, praia. Tempo curto, tempo bom, volto melhor do que fui.


*

Desejo em dúvida, estar o que estou. É que, no que estou, sou.


*

Imagem e movimento, linguagem dos sentimentos, a música, o olhar e mais. O espírito da coisa, bem viver, pequenos prazeres, pleno prazer.


*

Redescubro, sintomas avisam. Sintomas não são doenças. Doenças se expressam nos sintomas.

*

Refletir, cada um pode. É um incomum bem comum. É só pensar. E sentir. Só?


Ano novo, novo dia, outra hora, agora. Como um ovo, tudo novo, s’imbora. Breve vida, escolhas, leve lida, bolhas.


*

Ando à procura de beleza. Ela chega, na presença da criança. Certeza, esperança, felicidade, em qualquer e toda idade.


*

Um amor que se vai. Meu coração pesa por não saber como cultivar o bem viver nesta relação.


Aprendo respeitar limitações que outras pessoas me apresentam e, ao mesmo tempo, desejo serem respeitadas limitações que apresento.


Tento realizar os meus desejos: idas, vindas, encontros, falas, silêncios, escutas, movimentos, paradas, quietudes, leituras, escritos, descansos...


Ando recolhido quando desejo, me movimento quando desejo. É um tanto do que me proponho na vida e evito me relacionar com quem conflitos são repetidos.


Por outro lado, reconheço qualidades, desejo o bem. Mas, me reafirmo, não desejo repetir situações de conflito que inúmeras vezes vivencio.


Aprendo. Digo não ao que não quero. E não sei me expressar de outra forma que me torne mais compreensível. Se alguém me solicita algo, eu concordo – se desejo – ou não concordo, se não desejo.


Um sim ou um não, normalmente, já é suficiente… Não suporto dizer um não, ou um sim… E ter que repetir e repetir e repetir.


Se não conseguimos nos comunicar com este respeito mútuo, melhor pra nós que interrompamos nossa relação, que aprendamos nos respeitar mutuamente.


Algum dia, desejo e acredito, poeira baixada, amadureceremos. Tento compreender, peço compreensão. Quando melhor estiver, melhor também pra mim. Assim, desejo, de coração, tenha uma vida boa, tanto quanto desejo pra mim.


Por suas qualidades, gosto de você e desejo seu bem. Por outro lado, meu corpo reclama, preciso cuidar de mim, da minha saúde física, emocional, espiritual. Estou recolhido, não posso, não devo, não desejo aproximações. Peço sua compreensão.


*

Um amigo. Só pra reafirmar meu afeto fraternal por você, a alegria em saber que você anda bem escolhendo fazer o que deseja e lhe faz bem, sei lá como dizer…


Aqui, confesso, gosto do amadurecimento que me vem com o tempo, mesmo permanecendo tantas dúvidas sobre tudo.


Inda bem, descubro, que meu melhor indicador é o meu humor. Se estou bem humorado, estou no caminho certo. Se mal humorado, tenho me perguntado sobre o que devo mudar em mim pra estar bem humorado novamente.


Enfim, a conversa de sempre. E o desejo que vivamos uma vida boa, do jeito que gostemos. Eita aprendizado difícil.








 

Nenhum comentário:

Postar um comentário