segunda-feira, 6 de maio de 2024

131 e mais descanso




131


Pulsar, meu bem, é isto. Ora ponto, ora infinito.


e mais descanso


Desconfio de mim, quando assim. Como bem desconfio de quem, quase como um lema, vê o problema sempre fora de si.


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Corpos vivos, amores ativos acalmam almas.


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Imagino, quem inventou o lego, deita em conchinha, se aninha, mistura egos. Cutuca, futuca, acha, encaixa.


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Pulsar, meu bem, é isto. Ora ponto, ora infinito.


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Maravilha. Quando interajo, gente, permaneço ilha e viro arquipélago, continente.


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Pulsa que pulsa, um é tudo, o todo, nada.


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Intuição: algumas setas certas, algumas metas vagas, algumas medidas simples.


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Do que entendi do Tao Te King: parabéns pra quem trabalha muito, mas rico mesmo é quem vive contente.


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A consciência de mim me indica caminhos. A inconsciência, vazios.


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Castigos me geram medo, medos me geram culpas. Culpa, um baita castigo.


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Cada vez menos, mas ainda. Difícil suportar alegria. Associo prazeres a castigos, desde aquele catecismo.


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Beijo, como abraço, é bom. Ao mesmo tempo que dou, recebo, enlaço, refaço laços.


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Em mim um breu, se também eu fico refém de sentimentos, pensamentos, fazimentos que não são meus.


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Um interno conflito, hoje presente, verdade. Finito limitado ao infinito. Livre para o amor livre, preso à própria liberdade.


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Empatia contagia. Alegria ali, me alegro aqui.


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Em cada ruga, uma história difusa. Em inocentes, marcas ausentes.


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A grade que me protege, a mesma que me aprisiona.


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Bobagem, bobeira. A massagem nasceu da coceira.


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Coisas do coração. Não sei dizer não, nem sei dizer sim. Sim, não sei a mim. Não, a quem pidão.


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A criança que vive em mim implora: viva sim, viva agora.


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Será sempre assim, inesperado, o fim?


Quem declara a guerra, é o primeiro no front de batalha?


Simples assim. Escolho o tratamento quando consulto o especialista. Se vou a um cirurgião, cirurgia. Se à homeopata, homeopatia. Se ao massagista, massagem. Se ao curandeiro, cura. Se à oração, espiritualidade. Tantas possibilidades, procuro aqui dentro. Outro mundo, este de conhecer a mim mesmo.


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Um amigo, Kacá, é quem sacou, cabelos são antenas. Ando antenado.


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Decidi. Quero viver muito e bem. Facilita eu sentir que estou bem e rico quando contente. Tem sido fácil bem viver. Cuido de mim como gosto ser cuidado. Cuido do outro quase como cuido de mim.

Alimento bem meu corpo, estou vegano sem gorduras. Os resultados me estimulam. Necas de remédios. Exceção, talvez um risco consciente, sildenafila, genérico de viagra, remédio, em mim, já não tão funcional como antes. 

Movimento, caminho, lavo louça, cozinho, me mexo. Respiro, aprendo. Amplio a inspiração, a expiração. Quanto à mente, fujo do mal pensar, me ligo no que pode dar certo. Escrevo o que reflito, expresso o que sinto. E o espírito voa, aberto a outros mundos. Gosto. Mesmo assim, às vezes sou um tanto diferente de mim.

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Cada vez mais, sinto: há vida depois da vida.





 

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