quinta-feira, 2 de maio de 2024

135 o é já era





135


Só é quando está sendo.


o é já era



Sinto, cada um de nós sabe seu jeito de cuidar bem da sua própria vida. Às vezes, falta só lembrar que sabe. Palpite bom é sorte grande.


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Obá. Cada vez mais, sinto, é bom saber que sou fraternalmente amado. Isto me alegra e me estimula declarar meu amor a quem amo. Fecho os olhos e lá vai meu espírito, agora mesmo, abraçar meus filhos, suas mães, minhas noras, netos, irmãs, sobrinhos, sobrinhos-netos, sobrinhos-bisnetos, afilhades, amigues, namorada…


Minha saúde mental, espiritual, corporal tem a ver com meu comportamento… De vez em quando, tropeço em minha língua comprida. Falo demais, falo o que seria melhor não ter dito.

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Cuidar de mim, antes que me cuidem. Cuidar do outro, quando transbordo.

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Critico, internamente, tudo que é, de mim, diferente.

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O passado, presente. O futuro, de repente.

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Considerando a situação atual, quais os meus próximos passos?

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Pois é... tanta coisa vivi e não prestei atenção… que nem soube que vivi...


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Minha crença nasce da vivência. Impossível relatar o que é. No máximo, relato o que ficou da experiência. Única, a minha vivência. Só eu sinto como eu a sinto.

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Mas tenho a preguiça, ora amiga, ora inimiga. Vontade que dá e foge de visitar pedaços de mim, ali em outros eus.


E, agora mesmo, súbita vontade de caminhar. Uma faísca. Boto palha. Vou lá.


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Ah! O documentário "Heal - A Força da Mente", no Netflix, traz novas informações, tipo aquelas que já sabíamos e nem sabíamos que sabíamos.

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Uma das vantagens do youtube é poder limitar o acesso a cada link. É o que faço, em relação a alguns vídeoregistros, especialmente os brutos, ainda não editados, do Candomblé, da área psi – que talvez interessem mais a quem protagonizou ou a estudiosos.


Tudo isto tem me libertado, me aliviado. Um sentimento de dever cumprido, algo me diz que estou em bom caminho.


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Tudo isto tem me estimulado simplificar a vida.


Doei meus livros, uns seis centos, pra escolas. Alguns vídeos para um museu. As matrizes para uma escola de cinema. Disponibilizei na internet, youtube e blogspot, os vídeos que, com apoio de amigues, realizei – senão todos, quase.


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Uma alegria. Vem uma ideia, um insight, perco, internalizo ou anoto. Working em processo, monto quebra-cabeça que volta e meia não se encaixa. Nem me preocupo, hoje sabedor da sabedoria do leitor.


Um site – chamado “Afinal, o que somos nós” – oferece depoimentos de quem viveu experiência de quase-morte, a EQM. O que, em comum, vivem, me lembra um tanto do que eu próprio vivi. O me ver fora do corpo, lá em Amsterdã, naquela viagem lisérgica. O êxtase do encontro com minha alegria naquele ritual preparatório pra consulta com dr. Fritz, lá em Sabará. O sentimento de bem-estar paradisíaco, no ritual espiritual, em Lumiar.


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Minha vida atual tem sido tranquila, alguma rotina. Inesperada, constante, tem sido a escrita, mesmo a repetida. Tanto me repito que acredito e fico do jeito que me gosto. Fujo das desnecessárias ditas obrigações. Cozinho minha comida, me cutuco prum exercício, pouco leio, yutubo, netflixo. Novidade gostosa, semanal massagem, uma terapeuta popular cujos exercícios oculares me lembram o Romel, meu querido terapeuta nos anos setenta. Boas lembranças.


Divido as despesas e trabalhos domésticos básicos, amanhã vou ao Rio, inda me surpreendo com a regressão da cidade, a violência naturalizada.


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Sobre fakenews e outras modernidades do mundo, tenho aprendido um tanto, quando atento.


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Ó dúvida, nesta época de invasões a países vizinhos. Devo, também, invadir a casa do meu, que não vive a vida que idealizo e eu próprio não consigo viver? Nem pensar. Já, entre nós – quando temos boa vontade – alegrias tendem a imperar. Alegrias, guerras, má e boa vontade, parece, tudo escolhas.


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O é já era.
Só é quando está sendo. Não sou, estou. Sou o que estou. Depois, já era, fui.


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O objeto real serve pro bem, serve pro mal. Depende da vontade de quem use.

Facebook, whatsapp, email… Desconfio quando me chega notícia nova. Dúvida atroz, em relação à nova informação: qual a fonte, qual a intenção… Um jovem me sugere: pesquise no google. Descubra se outras fontes, confiáveis, trazem as mesmas informações.


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Em casa, apanhava de novo pela transgressão da proibição: proibido brigar na rua.


Se mal-humorado, que devo mudar em mim? Se bem-humorado, certos caminhos abertos, nado.


Conhece-te a ti mesmo.” Tento, tropeço, erro, aprendo. Sou o que estou. Sou o que como, o que penso, o que sinto. Sou o que falo, o que faço. Só vivo o que percebo do que sinto. O que não percebo, não vivo.


Quero para cada um o que quero pra mim.






 

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