segunda-feira, 3 de junho de 2024

112 no caminho da felicidade





112


Que decretos pessoais posso baixar em minha própria vida, que mudem em mim minha maneira de ser?


no caminho da felicidade



É o que sinto, sabe, aquilo que, vez em quando, de repente, diferente, eu, talvez alguém, talvez você, sente – um estalo, uma luz em forma de sentimento, disfarçado de pensamento. Entra em mim, internalizo, compreendo, aprendo, vira sabedoria. Insight?


Da vivência, vem o crédito. Acredito. Vira fé o que vivo. Minha fé vem da vivência. Esta fé, este saber me anunciam: agora que sabe, viva. Um risco, saber e não ser. Saber e não ser me angustia. Ser ou não ser, eis a questão.


Escrevo para me lembrar. E melhor me recordo no banheiro, no chuveiro, na rede, no travesseiro, quando acalma a alma. Cada sujeito do seu jeito.


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A vida que vivo – pensamentos, sentimentos, falas, meus atos – de fato, decorrem de escolhas que faço.


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No caminho da felicidade, vale a boa vontade.


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Reflito, confesso, um tanto me meço, evito conflito.


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Tanto abraço contido, tanto beijo escondido, tanto manto me encobre, que faço, que faço, me disfarço, sério, escondo meus mistérios, ou rio de mim, me faço palhaço?


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Autocrítica, antes da crítica.


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Sexualidade castrada, a liberdade mina. Quem castra, domina.


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Satisfeito, aceito, sou homem. E, como outro qualquer, também, um tanto mulher.


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Como posso dizer sim a algo que não está em mim?


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As meninas que se beijam, em plena felicidade, mexem com minha sexualidade. Se bem fazem a si, e mal fazem a ninguém, que mal que tem?


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A sete palmos, quando sob o mármore, calmo, calmo, calmo, espero, virarei árvore. Já quando pó, eu só, sem dó, alimento a planta que me suplanta.


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Tanto escolheram que não me viram. Perderam. Tanto preconcebi que não te vi. Perdi.


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Idade terna, eterna idade. Leveza no ser, pura beleza. Espiritualidade.


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Do jeito que sou, com esta cara, economizo fantasia. E quem me vê, ri. Ri pra mim.


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Fé, vem da experiência. Quem vivencia, sente, entranha, acredita, tem fé. A fé que não tenho, não sinto. Mas aceito. Imagino: vivência que não vivi.


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Faço o futuro do que sou no presente. Meu presente é fruto do meu passado.


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Desafio. Escolher a alegria, o que me enleva, no que está ao meu alcance.


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Ato falho. Quando tropeço na pedra que não vi, não vi por quê?


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Durmo leve se como leve, penso leve, ajo tranquilo.


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Alforria. Que decretos pessoais posso baixar em minha própria vida, que mudem em mim minha maneira de ser?


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O que será? Como era, antes da economia ser assim, definidora da vida, como era? Um come um que come outro que come outro… Antes de ser assim, um que come outro?


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Começa comigo. Muda o jogo, autonomia da economia, entra em foco a alegria. Esta, a manchete do dia.


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Portais. Quase já nem sei quando sou original ou copio, quando altero ou desvio. Utilizo a lembrança, associo, imagino. No ato falho, a memória mergulha, traz do fundo o que não lembrei, já sabia.


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A mulher, o homem, desequilibrados, estimulam dores em si, provocam dores em outros.


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Que outro desejo esconde o objeto que desejo?







 

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