terça-feira, 30 de julho de 2024

65 claro mistério




65


Sou de ler, mais que livros, orelhas. Um pedaço me dá noção do todo. Também quando intuo, como se eu soubesse sem saber que sei.


claro mistério



Tudo ganha novo sentido, agora que vejo o rapaz contar o que viveu quando morreu. Vida depois da vida, mesmo mistério.


As sensações, o se perceber como o todo. E o todo como si. Isto de delicada compreensão, mais ainda por quem experimentou semelhante vivência.


E não só o rapaz. Também aquela moça. E outra e outro e as outras e os outros.


Segredos guardados, medos de incompreensões, julgamentos, discriminações. Mas, quando um relata e outro se identifica, fica o sentimento de alívio: não sou só eu a perceber, há muitos.


A vida ganha outros sentidos, agora que sei que me despertei. Há vida depois da vida.


EQM – Experiência de Quase Morte. Alguns sinais, comuns a quem experienciou. Para uns, alguns. Para outros, outros. Às vezes, os mesmos sinais. O sair fora do corpo, o cordão, a luz, o túnel, o silêncio, a música, as vozes, a calma, a paz, o entendimento, a compreensão.


Falo do que não sei. Só intuo. Aquela intuição que, desconfio, me diz que sei o que penso não saber.


Sou de ler, mais que livros, orelhas. Um pedaço me dá noção do todo. Também quando intuo, como se eu soubesse sem saber que sei.


Minhas aparências me enganam. Sou o que sinto. Mas só vivo o que percebo do que sinto. Quando não percebo o que sinto, não vivo o que sinto. E minto. Pra mim mesmo, a esmo, quando assim, perdido, sem meio, princípio, fim.


Tudo isto, e mais, ao alcance dos olhos, ali, no youtube. É só pesquisar: EQM. Experiência de Quase Morte. Ou ir direto para o canal Afinal O Que Somos Nós.


Dia a dia


Aposta. Quem cuida da próstata, pergunta à homeopata: e sabal serrulata?

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Batata quente. Jogador de futebol: cada bola que chega, um novo problema, presente, para ser resolvido rapidamente.

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Palavra, ponta de iceberg, neste conjunto de linguagens que compõem as mensagens. Também falam os tons, os sons, os gestos, os olhares, as imagens…

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Tanto escolheram que não me viram. Perderam. E… tanto pré-concebi que não te vi. Perdi.

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A vida que vivo – pensamentos, sentimentos, falas, meus atos, de fato – decorrem de escolhas que faço.

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Sexualidade castrada, a liberdade mina. Quem castra, domina.

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Beijo, como abraço, tão bom. Sinto, vejo – ao mesmo tempo que dou, recebo.

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Satisfeito, aceito: sou homem, sou macho. Pois é – como outro qualquer – também, me acho, um tanto mulher.

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Falsas notícias – repetidas, repetidas, repetidas – dão, ao falso, vida.

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Gosto da superfície, de orelhas de livros, mas eventualmente mergulho – agora não sei se minto ou pressinto – me aproximo do meu próprio inconsciente, do inconsciente de outros, do inconsciente coletivo, que está aqui e ali e não sei direito o que é.

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E os gatos?






 

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