domingo, 28 de julho de 2024

67 tempos modernos


 

67


Aliás, colaboro muitas e muitas vezes para o bem-estar

dos primeiros mundos. Isto, a cada Coca-Cola – e, quem

sabe quais mais? – filmes, livros, enlatados, carros,

remédios aparelhos eletrônicos, outros objetos

que consumo.


tempos modernos



Parece, lá fora, noutras terras, não foi – às vezes inda não é – diferente. Quanto tempo os vikings demoraram pra se tornarem estes suecos maravilhosos? Suecos que me vêm à lembrança a cada vez que risco um fósforo: lá está, na caixinha, o site que me lembra dos royalties que talvez lhes deva por fazer fogo aqui.


Aliás, colaboro muitas e muitas vezes para o bem-estar dos primeiros mundos. Isto, a cada Coca-Cola – e, quem sabe quais mais? – filmes, livros, enlatados, carros, remédios, aparelhos eletrônicos, outros objetos que consumo. A cada carro que uso, a cada remédio que tomo, a cada tanta coisa que consumo, lá estou eu a contribuir pra riqueza dos já tão ricos. Ai, ai, ai. O escravo sou eu. Se presto atenção ao dono – e não tomo cuidados comigo – perco o sono.


Talvez uma maneira de cair fora deste sistema injusto seja cada um cuidar de si. E cuidar do próximo como gosta ser cuidado. Esta, a alegria do livre arbítrio. Eu tenho algum poder sobre o que sou e estou. E também sobre o que como, assisto, ouço, leio, cheiro. Cabe a mim escolher o que faço da minha vida. Lembro do dito, não sei de quem: não importa o que fizeram com minha vida. Importa o que faço com o que fizeram da minha vida.


*

Tantas vezes errei, erro na vida.


*

Negros e pobres a andar de cabeça erguida, a sentirem e expressarem o que nunca sentiram. Eu próprio não tinha visto isto antes.


Talvez Lula – como cada um de nós sabe de si próprio – tenha tido seus erros, não duvido. Mas os resultados dos seus governos, também, não nego. E venho dos tempos de Getúlio, Juscelino, Jânio, Jango, ditaduras, Sarney, Color, Itamar, Fernando Henrique, Dilma, Temer, Bolsonaro...


Do que vi, vivi, senti, aqui, ali, acolá, no Rio, no interiorzão de Minas e em comunidades pobres que frequentei, os resultados dos governos Lula foram os melhores. Nenhum melhor que Lula, é o que sinto. Admiro os resultados do que proporcionou. E não conheço nenhum presidente que tenha facilitado as vidas dos menos favorecidos como ele facilitou.


Gosto muito, também, de cada um que tenha boa vontade prum mundo melhor. Presidente, ou não, que deseje pros próximos o que pra si mesmo deseje: vidas boas pra todos nós.


*

Lembro, também, das mortes até hoje não esclarecidas:


1.Getúlio suicidou-se mesmo?

2. Juscelino morreu acidentado?

3. Jango morreu do coração?

4. Castelo Branco, acidente de avião?

5. Ulisses Guimarães, também?

6. Eduardo Campos, também?

7. Costa e Silva, infarto?

8. Tancredo, diverticulite?

9. Chico Mendes, Marielle Franco, Teori Zavasky...

e tantos outros, conhecidos ou não, mortos por não sei o quê.


E a tal da facada, falsa?


*

Ai. Aqui, ali, quase em todo lugar, onde o homo sapiens se instala, dores se espalham. Confesso, me limito ao que desejo e – ao meu redor – posso e devo e faço. Meu sono se acalma, meu corpo me saúda, minha alma se alegra. E, se mal sei de mim, que dizer de outro, né? Olho no espelho e... gosto de Lula, especialmente do que, em Lula, sinto em mim.


Lula facilitou a vida de gente como eu e de gente diferente da gente. Lula vive em mim. A liberdade de Lula é minha liberdade.








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