segunda-feira, 22 de julho de 2024

72 pra pensar


72


Acredito mais no que vejo, convivo e sinto…

do que o que os meios de comunicação me informam.


pra pensar



O que me faz pensar me conforta, estimula minha ação. E, me sinto, se me permito, potente.


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Procuro segurança, estou inseguro. Lembro, mamãe dizia, quando um não quer, dois não brigam. Valeu, mamãe.


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Sua Santidade, o Dalai Lama, afirma que a compaixão é a base da sociedade e não a economia, e lembra que todos, desde nossa infância, fomos e somos apoiados a fundo perdido por uma rede compassiva. Hoje está claro que esta rede inclui a multiplicidade de seres da biosfera e ela mesma constitui a vida desde sempre.


Quando sentados em roda, nos olhamos diretamente e pensamos sobre o que está andando bem e como podemos melhorar nossas vidas, brilha a inteligência compassiva fundadora das redes que dão sentido as nossas vidas. Somos, então, capazes de entender e acolher as visões e os mundos dos outros, e surge a auto-organização como a capacidade coletiva de criar soluções práticas e ações em meio ao mundo.”


Fonte: Lama Padma Samten, do Centro de Estudos Budistas Bodisatva.


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Pra quem possa fazer bem, inventei um método que tem dado certo. Encontro de pessoas que desejam contribuir para uma vida melhor pra todos nós. É simples, assim...


Pessoas interessadas potencialmente num mesmo tema são convidadas a se encontrar em local e hora pré-definido. São distribuídos papel em branco e lápis. Ali, sentados em roda, é lançada uma pergunta.


Por exemplo, se o tema é o bem-estar da comunidade:

o que você oferece, em relação ao bem-estar de sua comunidade?


É solicitado a cada um que escreva naquele papel, resumidamente, sua resposta. E inclua seus dados: nome, telefone, e-mail…


E vem a segunda pergunta:

o que você procura, em relação ao tema escolhido?


De novo, é solicitado que escreva no papel.


Combinamos, antes, qual o tempo que cada um terá para ler o que escreveu ou responder falando. Se 30 pessoas, por exemplo, estão presentes, 2 minutos pra cada um parece ser o tempo máximo.


Cada um é convidado a falar, em 2 minutos, sobre o que oferece, o que procura. Todos presentes ficam sabendo do que cada um oferece e procura.


E, depois que todos falam, são convidados prum cafezinho. Ali, cada um se aproxima de quem deseja saber mais, com a intenção de realizar parcerias.


Os papéis com as anotações são recolhidos, digitados e compartilhados. Assim se inicia uma rede com interesses comuns.


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Quem faz fofoca é, também, responsável pelo que a fofoca provoca?


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Esta situação – atual, mas antiga – de meios de comunicação pautando a vida de brasileiros, me lembra Adoniran Barbosa, que canta em sua música Torresmo à Milanesa: “Vamos armoçar, sentados na carçada, conversar sobre isso e aquilo, coisas que nóis não intende nada. Depois, puxá uma páia, andar um pouco, pra fazer o quilo”.


É assim que me sinto – falando sobre isto e aquilo, coisas que não entendo – quando me chegam informações que não confirmo e podem ser falsas.


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Falsas notícias – repetidas, repetidas, repetidas – pautam nossas vidas. De repente, ai, me ouço a conversar sobre aquilo que, além de falso, pouco ou nada sei.


Por isto, me repito. Acredito mais no que vejo, convivo e sinto… do que o que os meios de comunicação me informam. É que, hoje, sei, talvez cada meio de comunicação tenha seu próprio interesse. Só acredito nas informações que me traz quando acredito em sua intenção de fazer o bem a todos.


Mas, há veículos – como pessoas – que, quanto mais conheço, mais gosto.


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Eu, presidente de mim mesmo, que decretos pessoais posso baixar em minha própria vida que mudem, em mim, minha maneira de ser?


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Confio em quem conheço e tem parecenças comigo. Inda não confio – nem desconfio – em quem não conheço, só fico atento. E desconfio de quem puxa briga como solução pra questões que só a paz poderá facilitar resolver.


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Outras ideias e metodologias voltadas para movimentos sociais e individuais estão no livro “O que está ao meu alcance?”, que escrevi e talvez esteja também disponível na coluna da direita do www.luizsarmento.blogspot.com .






 

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