74 verdade, mentira, imaginação

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…sentimentos geram movimentos.

verdade, mentira, imaginação

Talvez provável verdade, talvez só imaginação. Tento entender meu mundo, o que hoje acontece e é.

Antes, pelas armas, impérios dominaram partes do mundo. Lá atrás, nem me lembro mais o que li e me contaram, povos antigos conquistaram seus vizinhos, os vizinhos dos vizinhos, alargaram suas fronteiras. Lutas, brutalidades.

Conquistadores e conquistados misturaram suas culturas, internalizaram novos jeitos de ser. Guerras e guerras, egípcios, assírios, gregos, romanos, árabes. E, depois, portugueses, espanhóis, ingleses, asiáticos. E, noutros territórios, incas, maias, astecas. Agora, relativamente recente, os americanos do norte expandem seus domínios.

Como as histórias são contadas, e repetidas, pelos vencedores, verdades mesmo talvez não sejam. Compartilho, aqui, tudo como me chegou, misturado e incerto. Mas, uma certa certeza tenho, povos dominaram povos.

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Recentemente, mudei radicalmente minha alimentação. Meus medos deflagraram esta mudança. Entre os medos, medo de ter meu peito cortado, meu coração retirado e, se já não morto, as dores da recuperação, os limites desta nova condição de safenado.

Soube, pesquisei, mergulhei no novo conhecimento, esperançoso: como sou, também, o que alimento, se mudo a alimentação os sintomas desaparecem. Mudei a alimentação, os sintomas desapareceram, não precisei mais operar.

Concluí: meu medo gerou minha mudança de alimentação, minha mudança de hábito.

Passei a prestar mais atenção nas minhas emoções, nos meus sentimentos, nos meus medos, tristezas, raivas, alegrias. E, percebi, percebo, cada sentimento me estimula alguma mudança, alguma ação.

Generalizei: sentimentos geram movimentos.

Podem ser movimentos reais, como mudar hábitos alimentares. Ou movimentos sutis, como mudar a visão do mundo, o jeito de ser, o jeito de me relacionar comigo mesmo e com o próximo.

Os desejos, também. Quando desejo algo ou alguém, me movimento para realizar o que desejo. Desejos estimulam movimentos.

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Verdade ou mentira, não sei. Imagino novas estratégias do império em expansão. Permanece seu poderio guerreiro, pronto para atuar se comandado.

Mas a dominação do outro país se dá pelo controle dos poderes judiciário, legislativo, executivo. Isto, acredito que antes, somado ao controle das comunicações.

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Controle das comunicações.

Agências de informação, agências de notícias, parece, têm a função de distribuir informações, notícias para meios de comunicação. Que, por sua vez, levam estas informações-notícias até seus públicos. Verdadeiras ou falsas, agências de informação distribuem notícias.

O império em expansão – verdade ou imaginação – controla agências de informação. Controla, também, meios de comunicação. O império faz chegar ao grande público as informações – verdadeiras ou falsas – que deseja.

Se meios populares de comunicação – cinema, jornais, revistas, rádios, televisões – são controlados, também podem ser controladas as informações que distribuem. Informações-notícias repetidas, repetidas, repetidas, mesmo que mentiras, são recebidas como verdades.

A sofisticação atual, do que se sabe – verdade ou imaginação – inclui novos instrumentos de comunicação, os whatsapp, facebook, twitter… Nestes casos, as informações chegam, quase personalizadas, a cada pessoa. Ou a cada grupo de pessoas.

Mais personalizadas, ainda, se as fontes de informação, que enviam as informações, sabem um tanto dos desejos e hábitos de cada um. E isto tem sido possível: é só acessar o facebook, o whatsapp, o twitter de uma pessoa… e analisar suas características e classificar seu histórico.

De acordo com a classificação, grupos de pessoas com históricos semelhantes recebem informações – verdadeiras ou falsas – que pautarão suas decisões. Que definirão suas vidas.

Verdade ou mentira ou imaginação, parece ser o que tem acontecido conosco.

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Controle dos poderes.

Imagino juízes em formação sendo ensinados pelo império em expansão. Imagino militares em formação sendo ensinados pelo império em expansão. Imagino legisladores, também. Internalizam, lá, nos cursos que frequentam, as informações que recebem, as visões de mundo que o império lhes oferece. O jeito norte-americano de viver passa a ser o seu ideal.

Parece – verdade ou mentira – isto acontece.

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Possibilidade.

Tudo isto, aliado a interesses egoístas de líderes falsamente religiosos, compõe ambiente propício para decompor um país.

Tudo isto, parece, acontece pela ganância de poder e posse de alguns poucos. Compaixão, solidariedade, amor ao próximo se diluem. Prevalece a violência contra si mesmo, contra o outro que parece diferente de si.

Uma possibilidade, talvez, de sair do caminho deste inferno, seja estimular o movimento amoroso individual. Primeiro, o amor-próprio. Cada um suportar a alegria de bem ser. E cuidar do outro como gosta ser cuidado. Agora. Amor como ato Político.

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Se verdade o que acima avento, me sinto um bobo. Não percebi, antes, a chocagem do ovo de serpente que, agora, surge, de repente.