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...sou, somos, cada um, governador, presidente, do próprio amor, da própria mente.
vida imprevista
Salvando O Seu Coração, o best-seller dos anos 90, me anima salvar o meu. Outro dia, 2016, um susto, soube que minhas artérias estavam quase entupidas. Dei uma guinada quando quem me acolheu, Dr. André Pessanha, me falou do que é. Mudei minha vida, ao escolher a comida, outro estilo de vida.
Em meu coração, sinto, influências de emoções. Além dos mistérios do espírito, ali. Das relações, aqui. Da vida, além.
Hoje, prevejo o dia, mesmo sabendo: será, total, ou parcialmente, diferente do que desejo. Levantarei, ioga, frutas, caminhada, visita de amiga ao Rio, chegada de filho, nora, netos.
O resto do dia, incerto. Talvez telefonemas, leituras, cozinha, inesperado céu ao léu.
Ontem, encontro dos bons, amigos em construção. Amiga e amigo a rever o já feito, a planejar, procurar um jeito, oferecer, a quem deseje, conhecimentos que bem nos tem feito.
O novo amigo, forte referente, um norte amoroso, experiente vegano, homeopata, cardiologista, cirurgião em mutação.
A nova amiga, receptiva, aberta ao mundo, com seu estudo profundo, sua simplicidade, dedicação à livre vida, à alimentação.
Almoço no Panela de Barro. Eles seguiram. Eu me preparei e fui cuidar de receber, levar, a pedido, papéis de batismo de netos à igreja. De lá, aula de ioga, meus músculos reclamam, permanece o desejo de reaprender a andar, sentar, deitar, me movimentar.
Faço em mim um carinho, como um pão no caminho. Já na cama, li um pouco – Em Busca da Vida Depois da Morte. Dormi, acordei, inicio novo dia. Imprevista vida.
*
Há anos, só lavo a cabeça com água. No corpo, eventual sabão, me sinto limpo com a água fria que vem sozinha ou depois da quente. Tenho meus cheiros, função do que bebo, como e pego e ponho. Gosto de mim assim.
*
Hoje, um dia parecido com outros sábados. Feira orgânica, cebola, tomate, limão, laranja, coentro, couve. Alho-poró, mandioca, batata-inglesa e doce. Banana-mel, beterraba, feijão verde e preto. Abóbora, quiabo. Na feira comum, água de coco, mamão.
Dia igual, mas não tão. Preparo o almoço, separo a roupa, tomo meu banho, como, escrevo um pouco, me visto e vou. Passarei no banco, tomarei um ônibus, irei à igreja pro batizado dos netos. E mais não sei. Daí pra frente, dia diferente.
*
Tenho focado, amigo, na minha potência. O que não está ao meu alcance me angustia. Assim, minhas pequenas decisões têm me facilitado a vida.
Penso, antecipo sentimento antes de ligar o botão da tv. Quase já sei que vou me angustiar, me indignar. Não ligo.
Penso, sinto, antes de mais uma garfada, após a fome saciada. Quase que sei que me sentirei pesado, cansado, com a digestão alterada. Evito a garfada a mais.
Penso, sinto, antes da palavra sair, antes da escrita, antes do assunto escolhido. Evito falar do que não me faz bem, nem a outro, nem a ninguém.
E assim, quando forte, tenho escolhido a caminhada, a ação, o que penso, o que falo, o que vejo, o que ouço, o que faço, o que sinto
Tudo aprendizado, dia a dia, ato a ato. Repito, repito, acredito. Outro dia, por exemplo, evitei operação de safena, mudei a alimentação. Estou vegano.
Às vezes me torno um chato, com estas radicalizações no estar no mundo, mas meu indicador – meu humor – tem me facilitado escolhas.
Se bem-humorado, caminho certo. Se mal, me pergunto: que devo mudar em mim, pra viver bem, neste mundo como ele é.
Tento, tropeço, vivo, aprendo. E erro e tento e tropeço e acerto e mudo… quando consigo.
Olho ao redor, desejo as melhores escolhas, bons dias. Inda mais que, percebo, sou, somos, cada um, governador, presidente, do próprio amor, da própria mente.. Obá.
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