segunda-feira, 5 de agosto de 2024

60 fofoca fora



60


Ah! A escrita me facilita,

me faz bem botar pra fora o que está cá dentro.


fofoca fora



Acabei de ler você: o rio levou meu riso. Aqui, vida tranquila. Depois do susto das artérias entupidas, a alimentação vegana, já há mais de ano, me anima, muda meu corpo, enleva meu espírito, facilita leves pensamentos…


Estou que gosto. Caminho menos que desejo, umas três vezes por semana. E meu desafio tem sido escolher a cada momento a vida que vivo.


É que "descobri": pequenas decisões de toda hora definem o que sinto, definem o que vivo. Tenho estado mais consciente da garfada a mais, aquela dada depois da fome já saciada. E da indignação que me vem a cada canal de tv que ligo e desconfio. Também tenho me ligado em cada pensamento, cada leitura, cada fala, cada assunto escolhido, cada ato que faço, pequeno que seja…


Tudo isto, cada pequena decisão, define minha vida. E o dia a dia tem sido um tanto assim, inesperado. Reajo, mais que ajo. Reajo às solicitações que me chegam, seja as de alguém que amo, seja as de dentro de mim.


Assim, simplificando, a vida está boa. E viva.


A fome chega. Vou, agora, fechado o computador, preparar o almoço… Depois, inda não sei. A intenção é saber do desejo do momento… e escolher…


Ah! A escrita me facilita, me faz bem botar pra fora o que está cá dentro.


*

Pra mim, amigo, vegano é vegetariano puro, necas de animais e derivados. No meu caso, por questões de entupimentos de artérias coronárias, estou vegano e, além disto, evito, não como quaisquer tipos de gorduras, inclusive as vegetais. Não como azeites, óleos... nem frutas oleosas, tipo abacate e coco. E nem castanhas oleaginosas... Enfim, estou em fase de desentupimento de artérias e reversão do meu quadro clínico. Este meu presente. O futuro, não sei.


Na internet, encontrei: "Como você pode ver, os veganos – movimento vegano e dieta vegetariana – são aqueles que não consomem carnes, leite e derivados do leite, ovos e derivados do ovo, mel ou qualquer outro produto que seja oriundo da exploração animal."


*

Luta minha, interna, beirada, fronteira, inferno, rinha. Entre dor e prazer, entre o sofrer e o amor.


De vez em quando me pego assim: não suporto ser amado, tenho medo da prisão, do sufoco, do grudado. Sinto, estou errado, o amor me acalma, meu fogo aquece corpo, alma. Sou eu quem não sabe descrever o que sinto pra quem me ama e deseja entender. Falo culpado, talvez por sentir não merecer ser amado. Tento aprender.


Pois é. Eu, meu medo, meu segredo. Medo de ser amado, envolvido, aprisionado. Isto, num dia solar, com frescas frutas, água, rede, livre ar.


*

Volta e meia, me repito.


Agora mesmo, lembrei da fala de Dr. Fritz à pequena multidão de aflitos, para cada um:

Acredite em você mesmo!


E da história que, um dia, a entidade compartilhou com os presentes. Um tanto assim:


Alguém encontra Rodrigo e lhe fala:

- Quero lhe contar uma história sobre o Joaquim.


E Rodrigo: - Esta história é boa pra você?

E o outro: - Não.


A conversa continua: - Esta história é boa pra mim?

- Não.

- É boa pro Joaquim?

- Não.


E Rodrigo:

- Então não me conta não.“


Eu, que reconto esta história, às vezes, relembro o que aprendi, possibilidades de escolhas do que leio, do que falo, escrevo, do que ouço, do que beijo, do que como, do que vejo, do que toco, do que faço, do que sinto, do que vivo, do que estou e sou. Mas, mais me tenho afastado da fofoca.






 

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