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E assim tem sido. Desde 1981,
quando escrevi este texto. Ou antes.
veneno para crianças
O humano aprende do que vê, ouve, tateia, cheira, bota na boca e sente. Talvez não só. Mas, desde criança transforma-se no que lhe é apresentado como modelo. Enfim: o humano de amanhã deverá ser fruto do que hoje aprende e sente.
Quem hoje vê na tela a violência como ato rotineiro, talvez rotineiramente conviverá com a violência. E naturalmente outros exemplos de todos os momentos contribuem também para a deformação de homens de amanhã. Ontem mesmo não nos disseram que éramos a esperança do futuro? Nós não somos marcados pelos modelos que nos foram apresentados? O futuro de ontem não é agora?
Num mundo tão maluco como é o que vivemos, a todo momento me pego querendo que outras pessoas se modifiquem, para que este mundo seja modificado. Mas a alteração de comportamento de outras pessoas está fora do meu limite de atuação.
Gostaria que as pessoas que detêm o poder público fossem melhores do que eu, racionais e humanas, sábias, atuantes, ternas e de bom humor. Mas não tem jeito, não conseguem enxergar muitas soluções que parecem óbvias a pessoas que permanecem vivas emocionalmente.
Um exemplo próximo a todos nós é a televisão, com programas influindo diretamente no comportamento de quem os assiste: o moralismo, o preconceito, a violência, a fofoca quase sempre presentes. E se são crianças os espectadores, a tristeza se multiplica: quase 24 horas por dia a televisão está deformando adultos do futuro.
Sinto-me impotente diante de tantas mudanças necessárias: o meu poder de influência sobre o atual estado das coisas é mínimo. O que fazer?
De tudo isto e de não sei o que mais, veio a necessidade de refletir sobre uma humanidade nova. Falo por mim, cheio de dúvidas. Sem a certeza absoluta nas reflexões e nos resultados. A certeza de agora, o que acredito agora, tento traduzir.
E assim tem sido. Desde 1981, quando escrevi este texto acima. Ou desde antes.
Pra ler no banheiro
Melhor me escuto, quando em silêncio.
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Em mim, alguns mortos, vivos. Alguns vivos, mortos.
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Mesmo velho, tudo novo. Nunca vivi o que agora vivo.
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Ah! Quanto tantra, juventude sem idade. As alegrias são tantas, são tantas as novidades.
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Se cuido das causas, os sintomas se vão.
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A morte, uma bolha. Como a sorte de escolha que faço, desatento, a cada momento.
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Desconfio de mim, quando assim. Como bem desconfio de quem, quase como um lema, vê os problemas sempre fora de si.
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Corpos vivos, amores ativos, acalmam almas.
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Imagino, quem inventou o lego, deita em conchinha, se aninha, mistura egos. Cutuca, futuca, acha, encaixa.
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Pulsar, meu bem, é isto, Ora ponto, ora infinito.
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