raiva e calma
aquele senador se desvia
da democracia
fragiliza o eleitor
este senador
que por pouco vende a alma
nunca mais terá a calma
do bem viver, com humor
é praga, praga de espelho
quem com o outro é pentelho
aprisiona a liberdade
faz mal, pratica maldade
desamor pelo eleitor
falseia o senador
quando quem me representaria
escolhe caminhos que não são meus
me resta me respeitar, seguir
meus próprios caminhos
pra mim mesmo não mentir
e, aqui, só e comigo
referenciado no amor
decidir o que sou
o que penso, ouço, vejo
o que falo, o que faço
o que desejo, almejo
não posso, não devo
pautar minha vida
por sentimentos que não meus
o que me consola
o que me alegra
posso escolher o que vivo
decidir a minha vida
ser eu próprio governador
do meu amor
ser eu próprio presidente
da minha mente
é falso o poder do senador
luta ainda pelo ter
já não sabe de amor
ternos como armaduras
flácidos de corpo e alma
falsa sua aparente calma
sua palavra, nada
sua impotência, dura
democracia, mesmo
é cada um, em si
decidir o que é na vida
em cada momento, e só
democracia é ser
seu próprio governador
mandante e mandado
fazer o que consigo
reconhecer meus limites
escolher o bom alvitre
estar de bem comigo
respirar o ar disponível
captar o bom pensamento
aproveitar bem o momento
tornar crível o incrível
cultivo a alegria
como resistência
à dor da perda
da democracia
resiliência, me lembro
é praticar, já
o que pra mim desejo
o mesmo desejo pra todos
experimento a utopia
ser o que desejo
beijar se desejo beijo
usufruir do que é
e não deveria ser
a economia impera
impera o poder
meninos brincam de pegador
em seus mandatos no senado
mostram a quem conhecem
olha eu! olha eu!
político, como qualquer um
carente de gente
se apoia em semelhantes
alguns infelizes, dementes
mentirosos, falsos
fuxicam, articulam
degrau por degrau
descem aos infernos
noutros espaços
outra a economia
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