quarta-feira, 12 de outubro de 2016

raiva e calma





raiva e calma

aquele senador se desvia
da  democracia
fragiliza o eleitor

este senador
que por pouco vende a alma
nunca mais terá a calma
do bem viver, com humor

é praga, praga de espelho
quem com o outro é pentelho
aprisiona a liberdade
faz mal, pratica maldade

desamor pelo eleitor
falseia o senador

quando quem me representaria
escolhe caminhos que não são meus
me resta me respeitar,  seguir
meus próprios caminhos
pra mim mesmo não mentir

e, aqui, só e comigo
referenciado  no amor
decidir o que sou

o que penso, ouço, vejo
o que falo, o que faço
o que desejo, almejo

não posso, não devo
pautar minha vida
por sentimentos que não meus

o que me consola
o que me alegra
posso escolher o que vivo
decidir a minha vida

ser eu próprio governador
do meu amor
ser eu próprio presidente
da minha mente

é falso o poder do senador
luta ainda pelo ter
já não sabe de amor

ternos como armaduras
flácidos de corpo e alma
falsa sua aparente calma
sua palavra, nada
sua impotência, dura

democracia, mesmo
é cada um, em si
decidir o que é na vida
em cada momento, e só

democracia é ser
seu próprio governador
mandante e mandado

fazer o que consigo
reconhecer meus limites
escolher o bom alvitre
estar de bem comigo

respirar o ar disponível
captar o bom pensamento
aproveitar bem o momento
tornar crível o incrível

cultivo a alegria
como resistência
à dor da perda
da democracia

resiliência, me lembro
é praticar, já
o que pra mim desejo
o mesmo desejo pra todos

experimento a utopia
ser o que desejo
beijar se desejo beijo

usufruir do que é
e não deveria ser


a economia impera
impera o poder
meninos brincam de pegador
em seus mandatos no senado


mostram a quem conhecem
olha eu! olha eu!

político, como qualquer um
carente de gente
se apoia em semelhantes

alguns infelizes, dementes
mentirosos, falsos
fuxicam, articulam
degrau por degrau
descem aos infernos


noutros espaços

outra a economia






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