uma vida incomum como qualquer um 43
Sobre
redes e mais, tempo atrás
1
Julho de 2011. Imagino. Cada encontro como uma
página em branco. Confesso que – mesmo cuidando das minhas expectativas – imagino
cada um de nós fazendo espontaneamente o que está ao próprio alcance.
Imagino cada um selecionando o melhor dos
conteúdos que deseja comunicar ao mundo. Imagino este conteúdo sintetizado, em
respeito à inteligência e ao tempo seu e dos leitores. Imagino este conteúdo
chegando a cada um de nós, a partir da iniciativa de quem cuidou de sua
qualidade integral.
Imagino agora cada um de nós compartilhando este
conteúdo com quem poderá dele se beneficiar. Imagino cada novo leitor se
beneficiando desta inFormação que lhe chega através de cada um de nós.
Imagino este leitor sendo agora um de nós.
Imagino que também ele, como cada um de nós, selecionará o melhor dos conteúdos
para compartilhar com o mundo.
Imagino que somos agora – cada um e todos que
assim desejem – uma agência individual-independente de inFormações.
Imagino eu, você, nós enlevados com o que
sentimos ao aprender estas novas qualidades que eu, você, nós interativamente
nos compartilhamos.
Imagino isto já.
2
O texto Visão de Mundo é o
reconhecimento do meu eu. À procura de visões parceiras, compartilhei aleatoriamente
no início: xeroquei, email-ei. Visão de Mundo foi, no momento em que
escrevi, meu espelho. Hoje imagino minha visão ampliada.
O texto Redes Humanitárias Comunitárias teve
a intenção de sistematizar, do meu jeito, a metodologia que por acaso criei.
Estimulado pelos resultados de sua aplicação em Ramos – lá com o apoio
essencial da prática da assistente social Lídia Nobre – me aproximei de
Gilberto Fugimoto, responsável pela Assessoria de Projetos Comunitários. Gilberto,
estudioso de redes, acolheu a mim e à metodologia e, juntos com cada colega que
se animou, ampliamos o campo de atuação.
3
Sobre redes. Encontros de Redes Comunitárias acontecem
periodicamente em unidades operacionais do Sesc Rio. Uma rede de artistas de
rua se expande e já abrange quase todos os estados do Brasil.
Em Minas, também recriando a metodologia que utilizamos,
nasceu a Rede Comunitária de Cultura.
Em Vila Aliança, em Bangu, no Rio, projetos estão
sendo realizados a partir da união de recursos – humanos, materiais,
espirituais – que encontros de pessoas e instituições facilitam. Inclusive um Fórum
de Desenvolvimento Comunitário. É a inteligência coletiva em funcionamento.
Não sei de outros encontros – utilizando
metodologias de redes – que estejam sendo realizados em outros territórios. Ou
focados em temas específicos. Realizamos vídeo-registros de encontros de rede realizados
em Minas, Vila Aliança, Cuiabá, São João do Meriti, Niterói, São Gonçalo. E,
além de Santa Luzia, no centro do Rio, nos bairros de Ramos, Tijuca, Centro,
Madureira, Engenho de Dentro... Outros registros em vídeos, ainda sobre redes,
de palestra de Augusto de Franco e conversa entre Cássio Martinho, Célia
Schlithler, Gilberto Fugimoto e eu.
Também fizemos vídeos que documentam um tanto
o que vem acontecendo no Quilombo São José, em Valença. E sobre o Fado
de Quissamã. E sobre a Ilha Grande. E sobre o Candomblé. E
sobre a Auto-hemoterapia. E sobre psicoterapias e terapia comunitária...
Ao olhar para trás, tenho prazer. Compartilho
o que aprendi. A difusão do que lhe toca está ao alcance e depende da
iniciativa de cada um, a partir do seu desejo: http://luizsarmento.blogspot.com.br/.
Luiz
Fernando Sarmento
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