uma vida incomum como qualquer um 50
Luzes
1
Tive sacações com sacações de outros. Sem a
certeza das autorias, relembro.
O tempo não para. Cazuza
A mente se move e se move e a energia vai
onde o pensamento vai. Dito chinês
Por princípios, eu luto. Dionino
Colaneri
Relações de confiança são base para formação
do Capital Social. Gilberto Fugimoto
Conhecimento se origina da experimentação. Lou
Marinoff
Uma verdade científica não triunfa porque se consiga
convencer a seus opositores e fazer que vejam as coisas com clareza, mas sim
porque os opositores acabam por morrer e surge uma nova geração que se
familiariza com a nova verdade. Max Planck
Conhecimento é poder. Francis
Bacon
Sobre si mesmo, seu corpo, sua mente, o
indivíduo é soberano. John Stuart Mill
Não vemos as coisas como elas são. Nós as
vemos como nós somos. Anais Nin
Os planos funcionam. O problema é o
cronograma. Sérgio Mello
Só quero saber do que pode dar certo. Caetano
Veloso
Como posso dizer sim a algo que não está em
mim? Regina Rodrigues Chaves
Complexidade: ao invés de isto ou aquilo,
isto e aquilo. Mário Magalhães Chaves
2
Tomo tento do meu tamanho quando lembro do que
entendi do que Alvin Toffler escreveu – e eu soube através de Carl Rogers, no
seu livro Grupos de Encontro. Para o homem, uma das questões básicas de
agora e do futuro é a rapidez com que o organismo humano pode adaptar-se à
velocidade de mudanças provocadas pela tecnologia. Toffler refere-se a isto
como um choque futuro e sugere que pessoas terão colapsos ao tentar
adaptar-se às inacreditáveis mudanças operadas.
Ele fala que, se o homem existe há cinquenta
mil anos, este tempo corresponde a aproximadamente oitocentas gerações de
sessenta e tantos anos. Seiscentas e cinquenta destas gerações foram vividas nas
cavernas. Há apenas setenta gerações surgiu a escrita e foi possível a
comunicação de uma geração para outra. E só há seis – ou sete? – gerações
chegou a palavra impressa. O motor elétrico há duas – ou três? – gerações. E a
maior parte do que hoje usamos no dia-a-dia foi construída no presente.
Eu sinto em todos meus sentidos o
desenvolvimento tecnológico contemporâneo. Já o desenvolvimento emocional, aqui
e ali, num ritmo menor.
Como se afetos se retraíssem para dar lugar
ao corre-corre tecnológico. Será isto um colapso?
Pois sei em mim que a internalização de senso
ético está ligada diretamente às práticas das afetividades.
3
Se a luz que vejo de uma estrela foi emitida
há algum tempo significa que vejo o que foi emitido no passado... vejo no
presente o passado. Da mesma forma, o gesto que faço agora poderá ser visto
pelos que estejam naquela mesma estrela, daqui a algum tempo? Esta luz da
estrela caminha de lá pra cá? Esta imagem do meu gesto caminha daqui pra lá?
Estas memórias que andam – a luz, o gesto – são os tais registros akháshicos?
Luiz
Fernando Sarmento
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