novidades
e repetições
Quando
falo de mim, sou mais escutado do que quando falo de outros. Talvez porque,
quando falo de mim, falo do que vivo, vivi. Minha fala inclui, consciente ou
não, variáveis que me compõem. E quando falo de outros, sou parcial, falo do
que imagino vivem, viveram.
Evito falar do
que não me faz bem, nem a outro nem a ninguém. Meus pensamentos, atos,
sentimentos expressam quem, naqueles momentos, sou.
Por
outro lado, talvez meus vícios sejam meus vícios porque repito, repito, repito
o que já sei e me faz sentir seguro. Talvez repita o que já sei porque tenho
medo do novo. E o que é, pra mim, novo, não conheço, é mistério. Talvez,
também, tudo, a cada momento, seja novo. É que nunca vivi o que agora vivo e o
que, depois, viverei.
Imagino
um tempo, em qualquer lugar, em que a boa vontade impere. Aqui, a liberdade de
um é limitada pela liberdade do outro. Cada um é o que deseja, de acordo com
sua possibilidade e movimento.
Aprendizado
constante, o tropeço, o erro é considerado experiência, base para o acerto. As
qualidades individuais se somam. O conhecimento de um é disponibilizado para
todos. O produto do trabalho, também. O amor é cultivado, amo a outros como a
mim. Prioridade constante, o bem-estar de um e todos. Admiro quem já vive
assim, em função do seu desejo, possibilidade, movimento, respeitando, também,
a liberdade do outro.
Tudo
isto me anima, poder, nestes tempos, refletir, expressar o que sinto.
Penso,
repenso, falo, repito, nesta tentativa constante de acreditar em mim mesmo e me
desenvolver integralmente. Meu corpo fala, se altera em função do que sinto.
Meu corpo carrega minha história.
*
Tenho
percebido que só vivo mesmo o que percebo do que sinto. O sentimento que não
percebo, não vivo. Assim, tenho prestado mais atenção aos meus sentimentos... e
descubro que meus sentimentos, muitas vezes, têm a ver com pequenos atos que,
antes, faço.
Aquela
história do lobo bom, do lobo mau que carrego em mim. A todo momento, devo
decidir qual lobo alimento. Aprendo, então, escolher meus pensamentos,
palavras, atos.
Uma
ligada na TV, por exemplo, me traz tristeza, indignação, raiva. Uma garfada a mais
me traz refluxos, azia, mal-estar. E, estou aprendendo, procuro escolher o que
me faz bem.
Descubro,
também, que, quando estou bem, o ao redor se torna melhor. Interfiro, antes sem
perceber, no mundo, com as escolhas que faço.
Estou
gostando de tomar conhecimento destas minhas potências. Reforça o que, lá no
fundo, já intuía: sou responsável, um tanto, pelo que vivo, pelo que sou. Sou o
que como, o que vejo, ouço, falo, penso, sinto. Simples assim.
Deu
vontade de compartilhar o que tenho descoberto em mim. Faço agora. Tenho me
alegrado com isto. Eventualmente, gravo um destes artigos e publico no facebook
e no www.luizsarmento.blogspot.com.br.
E, desejo,
vidas boas pra todos nós.
Luiz
Fernando Sarmento
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