quinta-feira, 31 de maio de 2018

novidades e repetições - uma vida incomum como qualquer um 51






novidades e repetições


Quando falo de mim, sou mais escutado do que quando falo de outros. Talvez porque, quando falo de mim, falo do que vivo, vivi. Minha fala inclui, consciente ou não, variáveis que me compõem. E quando falo de outros, sou parcial, falo do que imagino vivem, viveram.

Evito falar do que não me faz bem, nem a outro nem a ninguém. Meus pensamentos, atos, sentimentos expressam quem, naqueles momentos, sou.

Por outro lado, talvez meus vícios sejam meus vícios porque repito, repito, repito o que já sei e me faz sentir seguro. Talvez repita o que já sei porque tenho medo do novo. E o que é, pra mim, novo, não conheço, é mistério. Talvez, também, tudo, a cada momento, seja novo. É que nunca vivi o que agora vivo e o que, depois, viverei.

Imagino um tempo, em qualquer lugar, em que a boa vontade impere. Aqui, a liberdade de um é limitada pela liberdade do outro. Cada um é o que deseja, de acordo com sua possibilidade e movimento.

Aprendizado constante, o tropeço, o erro é considerado experiência, base para o acerto. As qualidades individuais se somam. O conhecimento de um é disponibilizado para todos. O produto do trabalho, também. O amor é cultivado, amo a outros como a mim. Prioridade constante, o bem-estar de um e todos. Admiro quem já vive assim, em função do seu desejo, possibilidade, movimento, respeitando, também, a liberdade do outro.

Tudo isto me anima, poder, nestes tempos, refletir, expressar o que sinto.

Penso, repenso, falo, repito, nesta tentativa constante de acreditar em mim mesmo e me desenvolver integralmente. Meu corpo fala, se altera em função do que sinto. Meu corpo carrega minha história.

*

Tenho percebido que só vivo mesmo o que percebo do que sinto. O sentimento que não percebo, não vivo. Assim, tenho prestado mais atenção aos meus sentimentos... e descubro que meus sentimentos, muitas vezes, têm a ver com pequenos atos que, antes, faço.

Aquela história do lobo bom, do lobo mau que carrego em mim. A todo momento, devo decidir qual lobo alimento. Aprendo, então, escolher meus pensamentos, palavras, atos.

Uma ligada na TV, por exemplo, me traz tristeza, indignação, raiva. Uma garfada a mais me traz refluxos, azia, mal-estar. E, estou aprendendo, procuro escolher o que me faz bem.

Descubro, também, que, quando estou bem, o ao redor se torna melhor. Interfiro, antes sem perceber, no mundo, com as escolhas que faço.

Estou gostando de tomar conhecimento destas minhas potências. Reforça o que, lá no fundo, já intuía: sou responsável, um tanto, pelo que vivo, pelo que sou. Sou o que como, o que vejo, ouço, falo, penso, sinto. Simples assim.

Deu vontade de compartilhar o que tenho descoberto em mim. Faço agora. Tenho me alegrado com isto. Eventualmente, gravo um destes artigos e publico no facebook e no www.luizsarmento.blogspot.com.br.

E, desejo, vidas boas pra todos nós.



Luiz Fernando Sarmento



















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