quarta-feira, 7 de agosto de 2024

58 livre pensar





58


No ato falho, a memória mergulha,

traz do fundo o que não lembrei, já sabia.


livre pensar



Quando escolho o novo, experimento. Erro, aprendo, acerto, descanso, de novo tento.

*

Comidas. Alimento minha alegria quando cuido do meu corpo, sou comigo afetuoso. Quando escolho a palavra, o pensamento, o ato, a notícia que leio, o fato que espalho.

*

Arrumações. Regra caseira: tudo volta pro mesmo lugar. Abri, fechei. Acendi, apaguei. Sujei, limpei. Consumi, repus. Gastei, produzi. Fragilizei, descansei. Quebrei, consertei. Desarrumei, arrumei. Mastiguei, digeri. Inspirei, expirei.

*

Identidade. Sou o que sinto. Sou o que penso. Sou o que faço. Sou o que falo.

*

Juras. Trato compromete o futuro. Futuro é novidade, mistério. Minto quando prometo o porvir. Trato, no máximo, possibilidade.

*

Certezas. Se bebo, tenho ressaca. Se desatento, tropeço. Se rio, relaxo. Se me respeito, me gosto. Se trato bem, bem me tratam. Se corro, canso. Se me movimento, funciono. Se me empapuço, refluxo. Se reflito, duvido. Se defino, escolho.

*

Danço não danço. Agora aprendi. Se me aproximo da vergonha e mexo meu corpo, danço. Se a vergonha domina, sufoco meu desejo, permaneço parado, entristeço. Rebelo, ensaio, procuro meu jeito. Mexo uma sobrancelha, movimento a boca, sopro, sugo. Ando um dedo pra frente, um pra trás, encontro meu ritmo desencontrado. Danço.

*

Ganha-ganha. Sabe aquele jogo das cadeiras que a gente brincou? Tantas cadeiras, uma a menos. Toca uma música. Para! Cada um corre, ao mesmo tempo pra dominar uma cadeira. Sobra uma pessoa: excluída.


Conheci outro dia outro jeito. Brincadeira semelhante. Outro processo, outros finais. Tantas cadeiras, uma a menos do que as pessoas que brincam. Por exemplo, 7 pessoas, 6 cadeiras.


Toca uma música. Para! Todos correm, todos sentam. 7 pessoas sentam-se em 6 cadeiras. Na sequência, retira-se uma cadeira. Agora, 7 pessoas, 5 cadeiras. 7 pessoas se sentam em 5 cadeiras. E assim vai…


Somos todos incluídos. Jogo cooperativo. Transforma tristeza em alegria.

*

Do jeito que sou, com esta cara, economizo fantasia. E quem me vê, ri. Ri pra mim.

*

, vem da experiência. Quem vivencia, sente, entranha, acredita, tem fé. A fé do outro, que não tenho, não sinto. Mas aceito. Imagino: vivência que não vivi.

*

Como posso dizer sim a algo que não está em mim?

*

Faço o futuro do que sou no presente. Meu presente é fruto do meu passado.

*

Desafio. Escolher a alegria, o que me enleva, no que está ao meu alcance.

*

Ato falho. Quando tropeço na pedra que não vi, não vi por quê?

*

Durmo leve se como leve, penso leve, ajo tranquilo.

*

Alforria. Que decretos pessoais posso baixar em minha própria vida, que mudem em mim minha maneira de ser?

*

O que será? Antes da economia ser assim, definidora da vida, como era? Um come um que come outro que come outro… Antes de ser assim, um que come outro?

*

Começa comigo. Muda o jogo, autonomia da economia, entra em foco a alegria. Esta, a manchete do dia.

*

Portais. Quase já nem sei quando sou original ou copio, quando altero ou desvio. Utilizo a lembrança, associo, imagino. No ato falho, a memória mergulha, traz do fundo o que não lembrei, já sabia.

*

A mulher, o homem, desequilibrados, estimulam dores em si, provocam dores em outros.

*
Que outro desejo esconde o objeto que desejo?

*

Meu espelho não mente. Só vejo o que sinto.

*

Imagino. Se o suficiente impera, que faço da vida?

*

Paciente. Quem está impaciente? O médico, o doente, o cliente? E… Quem está doente? O impaciente, o paciente?

*

Cuidados. Como cuido do outro, se não cuido de mim?

*

Quando contente, antecipo meu futuro, sou hoje o que desejo.

*

Aprendo viver neste mundo, do jeito que ele é. Aprendo viver como gosto. Evito conflitos, navego nas possibilidades.

*

Sim, sinal de saúde, rio de mim.







 

Nenhum comentário:

Postar um comentário