uma vida
incomum como qualquer um 40
Sonhei
uma escola...
1
Surpreendi-me com o que Freud diz, em cartas,
a Ana, sua filha. Meus preconceitos o colocavam transcendendo o humano. E ele
se mostra gente um tanto como a gente.
2
Sonhei uma escola de desenvolvimento. Ela se concretiza
onde se realizam aprendizados de desenvolvimento integral – econômico,
emocional e mais. Aprendizes interagem com mestres onde os conhecimentos estão.
Mestres, naturalmente - nos momentos que também aprendem – são aprendizes.
Aprendizes, naturalmente - nos momentos que ensinam - se tornam mestres.
3
Gentileza gera gentileza. Aprendo toda hora: quando
sou gentil, quando são comigo gentis.
4
Anotações para um manifesto em favor de
informações saudáveis: todo dia, ou quase, nas bancas, os mesmos jornais
diferentes, as mesmas notícias semelhantes entre si. Isto aqui no Brasil. Isto
na Europa. Talvez em todo o mundo. Como fontes, três ou quatro ou poucas mais agências
de notícias, quando não uma só. CNN, Reuters, UPI, France Presse... Aqui,
agências O Globo, Folha de São Paulo... Em que posso contribuir para melhorar, diversificar
visões de mundo?
5
Passado recente, 2009: eu, sessenta e dois
anos e nove meses. O horizonte mais perto. Cálculo otimista, sessenta por cento
da vida já vivida. A intenção, há alguns meses, era só gravar vídeos e escrever.
Tenho mais gravado que escrito. Giro em torno de encontros de redes
comunitárias e de rodas de terapia comunitária. Gravei, com apoio de muitos,
muitos destes encontros.
Caetano Dable transcreveu um tanto. Pedro Sarmento
criou vinhetas. Cineastas amigos editam – Elizeu Ewald, Félix Ferreira, Katty Cuel,
Alberto Mejia, Roberto Pontes, Phillip Johnston, Chris Agnese, Thiago Catarino,
Tainá Diniz – um vídeo cada um de cada vez. Pedro realiza o design do DVD.
Mejia e Phillip cuidam da veiculação na TV Comunitária do Rio de Janeiro. Rudá
Almeida inicia o Youtube. Oscar Pereira, o Oscardigital,
complementa e amplia pro Videolog. Glória, Jorge dão força.
Russo, Eliany cuidam da casa.
Combinamos cuidar das falas e atos editados
como gostamos que cuidem de nós. Evitamos constrangimentos, procuramos contribuir
para o gosto de cada um por si mesmo. Os custos são limitados aos recursos
disponíveis. Há intenção de que os vídeos possam ser úteis em qualquer época –
são atemporais.
O presente está assim. Já prontos o Terapia
Comunitária – Conversa com Adalberto de Paula Barreto. E os Classificados
Sociais de São Gonçalo, Tijuca, Ramos, São João de Meriti, Niterói, Madureira,
Vila Aliança, Expo Brasil. Os Livre Pensar Social relativos ao
Desenvolvimento Local e à Sociedade que Desejo. Em edição o Rede Comunitária
de Cultura de Minas Gerais, o Rede de Cultura de Santa Catarina, os
Classificados Santa Luzia, o Contribuições para a Plataforma Urbana do
UNICEF, o Vila Aliança, o Terapia Comunitária – 4 Varas. Auto-Estima
e o Retalhos, com depoimentos de terapeutas comunitários. Os custos integrais
dos Terapia são meus. O Sesc contribui para a edição dos relativos a Redes e
Livre Pensar.
Tudo singelo. Mais que documentários eu
chamaria de falas-úteis.
6
Depois que papai e mamãe morreram, tenho sido
meu próprio filho.
Luiz
Fernando Sarmento
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