uma vida
incomum como qualquer um 41
O
que em mim dá certo?
1
2006, 3
ideias possíveis.
a) Agências de Notícias: textos simples,
periódicos ou não, atemporais, são disponibilizados-oferecidos a veículos de
comunicação - jornais, revistas, rádios, tvs - de todo o país. Em médio prazo,
também a outros países de língua portuguesa e espanhola. Temas, como exemplos,
sobre comportamento, desenvolvimento integral do ser humano, boas notícias, brincadeiras
passo a passo, provocações de insights. E mais, textos instigantes de
reflexão, destinados especificamente aos mais variados públicos: pais,
crianças, professores, empresários, babás, políticos, funcionários públicos, profissionais
de saúde...
Podem ser formatados, ou não. Se sim, por exemplo,
em cadernos-tipo-cultura, com espaços para inserções publicitárias locais. Podem,
ou não, ter um ético patrocinador--cliente que arque com as despesas básicas e,
em contrapartida, tenha sua inserção publicitária ética presente nos veículos
que aceitem os produtos intelectuais oferecidos.
b) BRincadeiras: saem brinquedos,
entram brincadeiras. Novas, antigas. Jogos cooperativos, integradores, por
faixas etárias e Intergeracionais. Um primeiro dvd com, digamos, 60 minutos, atemporal,
com 30 brincadeiras apresentadas de forma que quem vê aprende e entra e faz. 400
mil cópias, destinadas a cerca de 400 mil escolas hoje existentes no Brasil.
Oferecidas por uma instituição, Petrobrás Distribuidora, por exemplo. Parceria
com os Correios, que
entregará o dvd em cada escola. Já
disponível, pesquisa bruta com centenas de brincadeiras.
c) Povo da Rua: redes de interessados
em se aproximar, cuidar de moradores de rua, considerando, cada um, seu desejo-competência-possibilidade.
Da higiene à alimentação, da educação à transformação. A metodologia dos
encontros pode ser semelhante à das redes comunitárias: em roda, o que cada um oferece,
o que cada um procura. É bom saber o que um morador de rua deseja. Se deseja açúcar,
quem sabe aceite o mel que não conhecia.
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Como limite, internalizo uma regra de ouro: não
faço a outro o que não desejo me façam.
3
Sou melhor escutado quando falo do que vivo. Sou
menos escutado quando falo o que outro deve ser, fazer.
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Tenho tido o maior cuidado com minhas
expectativas, especialmente em relação a outro. Se não falo da minha
expectativa para o outro, como o outro saberá da expectativa que tenho em
relação a ele?
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O que em mim dá certo?
O que posso melhorar?
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Filme bom é aquele que assisto e saio melhor
que entrei. Quando entro um e saio outro. Pra quem gosta de emoções: As
Canções, de Eduardo Coutinho. E A Música Segundo Tom Jobim, de
Nelson Pereira dos Santos e Dora Jobim. E Habemus Papam, de Nino Moretti.
E Uma Longa Viagem, de Lúcia Murat. E Paralelo 10, de Sílvio
Da-rin. Tantos filmes que me fizeram bem...
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É orgulho, eu sei. Quando alguém na rua me escolhe
pra pedir um apoio, imagino que viu qualidades em mim que eu próprio não
percebo. Aprendi com um amigo a facilitar a vida de artistas que, também na
rua, facilitam a minha com sua arte.
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Em terapia, nos anos 70, Romel me sugeriu: perceba o que sente quando a transa finda. E
como seu corpo se comporta. Descobri que, junto com culpa, minha pélvis se
contraia, impedia o fluxo normal de energia, de sangue. Neste ambiente fragilizado
qualquer bichinho fazia a festa. Gonococos, estafilococos se alternavam. Estas
doenças venéreas sumiram da minha vida quando passei a cuidar dos meus medos,
culpas e corpo.
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Desconfio que roupas – especialmente as peças
íntimas – feitas com materiais inorgânicos dificultam a circulação de energia,
fragilizam defesas do organismo. Falas no vídeo Energia da Vida contribuem
para este entendimento.
10
Cada unidade de trabalho incorpora
procedimentos administrativos próprios. Algumas criam soluções criativas e
desburocratizadoras. Outras ainda não. Trocas de know-how informais são
riscos de soluções desconhecidas.
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Quem participa dos frutos do seu trabalho
cuida do trabalho como se fosse seu. E é.
Luiz
Fernando Sarmento
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