quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Percebo que vivo o que sinto




 


Procuro estar atento a meus sentimentos. 

Percebo que vivo o que sinto. 

E mais: 
só vivo o que percebo do que sinto.

Percebo, também, 
que um tanto do que sinto 
tem relação com os atos que, antes, faço. 

Aparentes pequenos atos definem o que, 
dali a pouco, 
sinto, sentirei.

 

Como exemplos, 
se ligo a tv, sinto indignação, 
raiva, tristeza, impotência. 

Se dou uma garfada a mais, 
quase certo, 
terei refluxo, azia, dormirei sentado. 

Se bebo o que não devo, 
ressaca. 

Se falo o que não devo, 
ouço o que não quero, 
brigo. 

Se vejo cenas de terror, 
sinto terror. 

Se triste a música, 
tristeza me assola.

Aprendo que sou, 
muito mais que imaginava, 
um tanto responsável 
pelo que sinto, 
pelo que vivo.

Pra mim, aprendo, 
não posso mentir, 
é assim:

sou eu quem escolho 
o que ouço, o que vejo, o que como, 
o que toco, o que falo, o que faço. 


E o que penso. 
E o que sinto. 
E o que vivo.  

Um tanto, um tantão, 
sou eu quem escolho 
o que sinto no coração.

Em síntese, 
como qualquer um, 
cientista de mim mesmo, descubro: 
só me percebo vivo 
quando sinto. 

E só vivo 
o que percebo 
do que sinto. 

Descobrir isto em mim, 
agora, 
tem me possibilitado definir, 
um tanto, 

minha vida.















Nenhum comentário:

Postar um comentário